quarta-feira, 15 de junho de 2011

Wolf Maia tem nova página em seu pior script


Na última quinta-feira (9), o ator e diretor Wolf Maia foi condenado pelo crime de injúria, cometido em 2000, enquanto estreava a peça “Relax... It’s Sex”, em Campinas. O técnico de iluminação Denivaldo Pereira da Silva moveu uma ação contra o Wolf, alegando que foi vítima de racismo ao ter sido chamado de “preto fedorento que saiu do esgoto com mal de Parkinson”. O diretor foi condenado a dois anos e dois meses de prisão, mas pôde optar por indenizar o técnico em 20 salários mínimos e um período de trabalho comunitário. Será que alguém com tamanha tirania moral saberá motivar um trabalho à comunidade?

Wolf Maia tem uma escola de atores em São Paulo e recentemente participou da série “Lara com Z”, ao lado de Suzana Vieira. Não vou tecer nenhum comentário sobre alguns de seus fracassos, pois desta vez espero que a cultura volte-se contra ele. Wolf, em sua fala infame, mostrou-se incapaz de participar da cultura de um país miscigenado, ou até mesmo de dirigir uma escola de atores. Certa vez ouvi da sábia Dercy Gonçalves que escola não forma ator, uso suas palavras para acertar um “martelo” sobre os palcos de Wolf.

O papel de um diretor de teatro deve ser articular o espetáculo e conduzi-lo de forma harmônica. Como será que Wolf ensina os alunos a tratarem técnicos de iluminação? Segundo o diretor, a estréia não saiu como desejava, descarregando sua fúria pérfida na equipe. O fracasso de uma estréia deve-se em grande parte ao fracasso do diretor.

A arte de encenar tem perdido espaço para a arrogância e aos lucros financeiros. Peças sem sentido algum, nem um roteiro bem estruturado têm levado aos bolsos dos atores e diretores o prestígio, que poderia vir aclamado por aplausos do público. Espero que as platéias de Wolf migrem aos espetáculos devera culturais, pois drama se faz com respeito à história que o teatro pautou no tempo.