segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Marisa Orth em Romance, Volume II


Com somente 4 apresentações, Romance Vol. II volta a São Paulo com toda sensualidade e graça de Marisa Orth. No estúdio EMME, em São Paulo, uma casa de shows bem agradável a estréia do espetáculo atraiu artistas e um público animado à fim de interagir sobre amor e paixão com a atriz.

Após fazer temporada aqui em São Paulo, com “O Inferno Sou Eu”, peça que também fala de amor, Marisa Orth desfila toda sua irreverência e conforto sobre o palco, dá voz a paixão e a ridicularização do amor também. Ela desabafa, esnoba, e destila uma voz ainda melhor do que na época da banda Luni, a qual ela era integrante junto a Natália Barros, que em Romance Vol. II assina a direção geral. Marisa entra ao palco toda de preto, com uma calça transparecendo suas pernas, e um chapéu na cabeça, distribuí seu olhar e canta Minha Fama de Mau, de Erasmo Carlos. Várias composições que traduzem o amor, suas dores e prazeres são intercaladas a muito humor e improviso.

Canções de Tim Maia, Hildon, André Abujamra, Roberto Carlos e Rita Lee vestem o palco com sensualidade, humor e sarcasmo, sempre acompanhadas da ótima banda que veste preto e estampa um coração no meio da camiseta, Alexandre Prade (teclados), Marco Camarano (guitarra), Paulo Bira (baixo), Carneiro Sândalo (bateria) e Hugo Hori (sopros). A iluminação é por conta de Jairo Mattos, que distribuí ao público as luzes no tempo certo, aplica as cores ideais ao romantismo proposto, como também sensualidade ao palco. O cenário compõe-se de cortinas escuras, que ganham brilho e sobretom em contraste com as luzes. Alguns objetos, como o banquinho em que coreografias são desenvolvidas por Marisa, e a mesinha que reserva a taça de vinho que ela bebe durante o show, são de Humberto e Fernando Campana.

A maquiagem de Marisa estava muito bem delineada, desenhando suas expressões, o que tornava o show mais teatral ainda. Ela volta ao palco após um intervalo, enquanto sua banda toca e canta, Marisa entra com um vestido vermelho, cantando “Maneiras”, e encenando uma bêbada, as músicas sempre em primeira pessoa nos permite ver a atriz como personagem real daquelas histórias de amor que sintetizam em uma só mulher. O vestido é mal cortado, não se distribuí bem ao corpo dela, a intenção é bacana, porém a costura é desajeitada, não se define um vestido sensual, o figurino é de Fábio Namatame. Já a primeira roupa é muito bem feita, exibe muito mais sensualidade do que o vestido, o chapéu, o bolero que ela tira e pendura no pedestal do microfone trazem mais elegância ao espetáculo.

Marisa Orth interage com a platéia e discute sobre o amor, pauta o show sob pesquisas, sempre com muito humor, ela posiciona-se bem ao palco, às vezes não se comporta muito bem com o fio do microfone, que vai se prendendo por alguns espaços, o que dá mais trabalho ao roadine Alex, que precisa entrar em cena o tempo todo, por vezes desviando o olhar do público para o que se movimenta no palco. O projeto é muito bom, falar de amor com comédia e cantar torna o roteiro bacana e próximo ao público. Ela pretende aumentar a banda, e isso deixará a musicalidade ainda mais elevada, com mais glamour, permitindo aos músicos que não se desdobrem tanto no palco, os deixando com um pouco mais de fôlego para acompanhar Marisa nos vocais, e quanto a isso ela disse em entrevista ao Buxixo: “A gente quer ir crescendo, quer ir aumentando a banda de repente fazendo outras músicas que tão dando maior pé, né? Banda não precisa morrer, não é que nem teatro que nasce, cresce e morre. Banda dá pra ir levando ‘forever’”. Ao fim do show ela canta “Demais”, composição de Tom Jobim, exacerbando o amor e suas preces sentimentais, bem como propõe a letra.

Marisa ainda disse que já está com outros shows agendados pelo Brasil, por enquanto ficará nas quartas-feiras até 8 de setembro, às 21hrs no estúdio EMME, na Zona Oeste de São Paulo, em Pinheiros, com uma produção de Nicinha e Super Amigos Produções. Os ingressos são para mesa R$ 40,0 e camarote R$ 50,0.

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