O
Brasil é um país que esbanja cultura, com a triste realidade do escasso
investimento governamental e as migalhas privadas que chegam por meio dos
burocráticos processos de incentivos. Eu tenho muita pena do rumo que a cultura
brasileira tem tomado, custando muito alto e em núcleos isolados. São Paulo
sempre teve o privilégio dos vastos campos culturais, alguns investidos por
próprios empresários, que não aguardam o governo para incentivá-los, outros que
existiam sustentados por grupos teatrais, como era o Teatro Brasileiro de
Comédia, o TBC, que hoje está na memória do Bixiga, tradicional bairro
paulistano. Neste mesmo bairro nasce, na próxima sexta-feira (19) um novo
espaço cultural para a gigantesca metrópole, o Pinho de Riga.
Um
espaço cultural é sempre bem vindo em qualquer lugar, assim como uma escola,
uma área onde possam ser discutidas culturas apresenta ao mundo uma nova
oportunidade de não deixar morrer os incentivos para a arte. No Pinho de Riga
será possível encontrar diversas manifestações culturais, de teatro, dança, som
e literatura. A arte deve ser da intimidade do humano, ou então não haverá
progresso.
A
atriz Almara Mendes juntou-se aos amigos Tatiana Rehder, Marília Miyazawa,
Thiago Henrique do Carmo e Mariana Flesch Fortes para desfrutar de uma casa, no
bairro da Bela Vista, reformando-a para um novo ambiente, onde culturas
pudessem encontrar-se em prol da criação.
Pinho
de Riga é o nome de uma nobre madeira, quase extinta. Este nome é a celebração
da luta contra a extinção das manifestações artísticas e a durabilidade da
arte.
O
Espaço Cultural será inaugurado nesta sexta-feira (19) para convidados, e no
dia seguinte com um espetáculo teatral. Para os próximos meses, a casa de cultura
Pinho de Riga reserva uma saborosa agenda de espetáculos de música e teatro,
que podem ser conferidas na página oficial no Facebook, com o nome de Espaço
Cultural Pinho de Riga.
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