quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Fones de ouvido são obrigatórios

Foto: Reprodução de Internet
Enquanto não existiam aparelhos de celular capazes de armazenar álbuns completos de música a lei de proibição à aparelhos sonoros em ambientes públicos era mais respeitada. Hoje, à ela, a humanidade caminha para a indiferença. Fone de ouvido não é acessório, é extensão do aparelho celular!
Será que um dia vão entender isso? Largam os fones em casa, enrolados nos bolsos ou emaranhados nas bolsas. Esquecem de encaixá-los nos ouvidos encerados e empurram em nossos ouvidos toda a tranqueira que quiserem. Nos ônibus, no metrô, no trem, nas filas... em qualquer lugar, acionam o infernizado botão do play e qualquer lixo passa a impermear pelo ambiente. Funk, da pior categoria, o forró, cujo CD é encontrado apenas na banca de álbuns pirateados, e as canções do tipo "gospel", capazes de re-ressucitar Jesus Cristo. Essas são as mais executadas da playlist demoníaca dos coletivos.
Não sei se há culpados para esse exílio da boa música, mas se tem alguém que impulsiona esses gêneros tenebrosos é a mídia massiva. Ou, mídia maçante. O povo esquece que o "Esquenta" é na Globo, não é no metrô. Esquecem que toda essa "subcategoria" musical não é de obrigatoriedade geral. Eu não quero ouvir aquele vomito palavrudo que sai do celular de um qualquer. Sim, qualquer um compra um aparelho de celular, ou rouba, e enchem de péssimo gosto. Não contentes, assumem sua rebeldia musical em volume alto. Onde estão os fones de ouvido? E o bom senso?
A mídia coloca na abertura da novela um sacrifício chamado Daniel, premia num tal "Prêmio Multishow de Música" àqueles que pouco se esforçam pra emitir som com a boca, tampouco letra com a composição dos dedos. Esse prêmio foi a ignorância escancarada. Foi a história execrada! Qualquer lixo é motivo de luxo. São eles, que dão aos aparelhos de celular toda a displicência para ficarem ligados sem a conexão do sagrado fone de ouvido.
Qualquer malandro consegue um! Um celular! E sai distribuindo o jogral grosseiro de palavras fétidas e má formadas. São anencéfalos convictos. O fone de ouvido tem que deixar de ser considerado um acessório, pois é item obrigatório. É a continuação do aparelho telefônico, dos tablets, dos iPods e de qualquer tranqueira que se possa armazenar álbuns.
Ninguém coloca alto Mozart, nem Tom Jobim! Fazem questão de demonstrar sua ignorância ao som de Naldo! Fone de ouvido deveria ser o óleo de peroba dos blagues da humanidade.

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