sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Quanto custa estacionar em SP?

Pegar o carro a noite pode render-lhe um assalto a mão armada e a queima roupa. Sim... pagar as bagatelas que variam entre R$ 30,00 e até R$ 60,00 para estacionar em teatros e casas de show é quase uma bala no peito! As opções mais baratas para deixar o carro podem estar nas unidades do Sesc, em São Paulo, onde o serviço não costuma ultrapassar os R$ 8,00. Em contrapartida, tem casa cobrando mais do que uma cesta básica!
As unidades do Sesc trazem grandes espetáculos com preços acessíveis, sobretudo aos matriculados. O estacionamento também tem desconto, tirar o carro de lá pode demorar um pouco na saída, devido ao fluxo, mas pode ser pior em outros lugares. A fila para estacionar e retirar o carro no HSBC Brasil, na Zona Sul da capital é assustadora e o preço mais ainda. R$ 35,00 é o desembolso para deixar o carro com os valets da casa. A empresa que administra o estacionamento é a Hot Valet, que também cobra R$ 30,00 reais para estacionar no Tom Jazz, na Avenida Angélica. O HSBC Brasil oferece a opção de compra antecipada, por R$ 30,00. Você pega fila para estacionar, para retirar e procurar uma brecha na rua para o "bolo" de carros que forma é outra aventura.
O ingresso para espetáculos na capital paulista alça vôos cada vez mais altos e não podemos esquecer de somar o valor do estacionamento nessa conta. Parar no Citibank Hall também pode ser outro tiro, R$ 40,00 reais é o que a casa cobra para deixar o carro em seu estacionamento amplamente descoberto, administrado pela Estapar. A casa tem bons espetáculos, ainda bem!
O Espaço das Américas, localizado na Barra Funda, garante alguns estacionamentos na redondeza. Por lá, os preços podem variar de acordo com a programação. No show do Zeca Pagodinho tinha estacionamento cobrando R$ 60,00... em outros espetáculos a média fica em torno de R$ 30,00. Pagar sessenta pau num estacionamento é o cúmulo da inflação! Mas, peraí... como a inflação chega aos estacionamentos? Pode ser no pagamento aos funcionários e alugueis? Sim... mas, ainda não justifica! E que inflação instável é essa que faz o preço variar conforme o espetáculo?
Os teatros em shoppings estão ganhando cada vez mais força. Muitos deles estão estrategicamente posicionados próximos a linhas de trens e metrô, o que facilita o acesso. Os estacionamentos também costumam ser mais baratos e muito melhores. O Shopping Bourbon cobra um pequeno absurdo para estacionar o carro, mas ainda não chega aos pés das casas de shows. Porém, tudo depende do tempo em que você ficar com o carro parado lá. O Teatro Bradesco, que fica no centro de compras, reúne grandes e bons eventos... mas, tente não ficar agoniado com o tempo de duração desses espetáculos, mesmo que custe caro ficar com o carro numa vaga.
Parar nas ruas pode ser ou não uma boa opção... mas, lembrem-se que corremos riscos e além disso os flanelinhas são os donos das ruas. Eles só chegam na entrada dos espetáculos, quando você vai retirar o carro não tem mais nenhum cobrador. Os preços variam... eles cobram de acordo com o carro e com a cara do motorista. Bonito, não?!
Chegar com o transporte público pode ser algo crítico em alguns locais. No HSBC Brasil pouquíssimas linhas atendem a região e a estação do trem é longe. Além do mais, espetáculos de domingo são para quem tem carro... a CPTM vive em obras e nunca dá jeito na precariedade de seu funcionamento. Os ônibus aos domingos também são por migalhas. O acesso ao Citibank Hall de ônibus é um pouco mais fácil! O problema é que quando os espetáculos terminam já está tarde e transporte público não deveria, mas tem horário para encerrar o expediente da maioria das linhas. Táxi está cada vez mais caro!
Diante dessas oportunidades, fica fácil para qualquer valet ou estacionamento tripudiar em nossas carteiras! Usar o automóvel para chegar ao seu entretenimento escolhido custa caro e ainda é um dos meios mais viáveis.
Quanto você paga para estacionar o seu carro? Como você vai para um show, para uma peça? O preço do estacionamento influencia na compra do seu ingresso?

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O 'esquerdismo' e a 'direita' musical

Como fazem os periódicos norte-americanos em seus editoriais, os artistas brasileiros declaram apoio aos presidenciáveis brasileiros... e assim como os periódicos norte-americanos, colocam seus editoriais questionados pelo público! A miudeza direitista é encabeçada pelos sertanejos, que vão precisar rezar muito para a Nossa Senhora guardada nos chapéus, para elegerem Aécio Neves (PSDB). Enquanto a predominante esquerdopatia faz corrida ao pódio para eleger Marina (PSB) ou Dilma (PT). Luciana Genro (PSOL) ainda busca espaço para dar seu discurso de professora de história!

Foi inevitável atrelar uma coluna sobre música e teatro com a política. Os próprios artistas caíram em tentação e estão mordendo da maçã podre da política. Basta aguentar a indigestão futura do bolor digerido!

Foto: Divulgação

Em busca de um novo ideal político, os músicos tentam convencer sobre a reforma política, apoiando em massa, sobretudo, a camada esquerdista brasileira. O que é no mínimo muito esquisito, uma vez que essa "nova" política parece muito com a velha, sobretudo a instabilidade opinativa de Marina Silva (PSB).

As sambistas caíram na lábia de Dilma Rousseff (PT), e vão bater o tambor para a atual presidente. Beth Carvalho e Alcione são alguns dos exemplos que pregaram a estrelinha no peito. Ao menos, Dilma Rousseff defende a revisão da Lei da Anistia, para que os militares sejam ainda punidos por torturas na Didatura. Marina, a jovem birrenta, voltou atrás e agora acha que a lei não deve ser revista. Admira-me que Caetano Veloso e Gilberto Gil, que viveram a nebulosa da Ditadura, apoiem a presidenciável novata na chapa do PSB.

Caetano e Gil viveram o exílio e Caetano ainda é capaz de lembrar o cheiro dolorido da prisão. Defendem sim uma política limpa... mas, política limpa precisa ser nova. Marina está longe de renovar a política. Imagine que ela é contra o casamento homossexual! Ora, por qual motivo? Religioso? O que tem a religião com política? Não deveria ter nada... mas no Brasil parece que a última saída é que um presidente da república ajoelhe-se à crença para rogar por melhor saúde e educação!

Foto: Divulgação

Chico Buarque está munido de estrelinhas vermelhas e estende qualquer tapete vermelho para Dilma. Parece estar disposto até a escrever abaixo assinado, como aqueles de escola para expulsar a professora chata... e até a distribuir santinhos em boca de urna. Digo isso no sentido poético da palavra, porque ele colou na sola da presidente. Não sei se sua irmã será novamente a Ministra da Cultura, para deitar e rolar em leis de incentivos para os colegas. Chico prova do suor espavorido de Lula, que agora aparece de cabelos despenteados para torturar a pena do eleitor. Isso é a cara do PT.

A esquerdopatia é a doença da moda entre os nossos compositores... que agora ocupam-se das campanhas de seus candidatos. Claro, ainda tem muito fã que usa a mesma roupa que os seus ídolos. Por que não votariam em seus candidatos?

Esse esquerdismo vem como um arrastão de carnaval em Salvador. Não sou totalmente contra, mas acho um porre atrelar a imagem de nossos compositores e cantores à sujeira política deste país. Deixe a política com eles, e vamos continuar como protestantes musicais. Como vocês faziam na Didatura!

Foto: Divulgação

Na levada da esquerda, que já está mais capenga em ideologias, ainda tem uma turma grande. Adriana Calcanhotto também rasga o verbo para Marina, além de Arnaldo Antunes e Jorge Mautner. Eu achava que suas personalidades estariam muito distante da presidenciável, que mostra sua decadente credibilidade com suas próprias ideias do passado.

Enquanto a esquerda ganha a força dos poetas, que adoram ver o samba do criolo doido criado por esses partidos no Brasil... a direita vai gritando por socorro lá atrás. Zezé di Camargo, Chitãozinho e Xororó e Fagner estão ao lado de Aécio Neves (PSDB), que trouxe de Minas a mesma calmaria que caminha sua candidatura. Não sei o que há de novo nessa direita, que tanto diz fazer pela saúde. São Paulo está há anos sob administração tucana e pede socorro na saúde.


Caetano Veloso já esteve até na propaganda eleitoral de Marina... como um cabo eleitoral, que a acompanha em seus compromissos de lobotomia política. Essa deplorável propaganda política conta com nossos compositores, para que tenhamos ainda mais vergonha?

A direita pede socorro e vai continuar mortificada. A moda da esquerda está tão forte como uma Benzetacil!

Falando em esquerda, não podemos esquecer do estardalhaço esquerdista do PSOL, que traz Luciana Genro em sua chapa, apoiada pelo cartunista Laerte e o músico Marcelo Yuka. A candidata cheia de discursos tem uma boa ideia sobre a política... que na prática teria que combater toda a bancada opositora em Brasília. Luciana grita lá de trás e traz os gays em seu manto santo. Luciana, que tanto critica o PT e Marina, vem da cria da galinha dos ovos de ouro do Rio Grande do Sul, um dos estados com maior dívida pública no País, e nasceu do ovo dourado de Tarso Genro, seu pai, atual governador e candidato do estado gaúcho, pelo PT. Ele, que também foi o falho ministro da Educação no governo Lula.

Entre Aécio, Dilma, Marina e Luciana... fico com os nossos artistas, quando acabar o circo eleitoral! Gosto de artista no palco e não no palanque!!!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Fafá de Belém em "Meu Rio de Muitos Janeiros

Na última segunda (8), Fafá de Belém apresentou no Theatro Net São Paulo o show "Meu Rio de muitos Janeiros".  Acompanhada por conceituados músicos, a cantora viajou pelos anos 70 e 80, cantando Chico Buarque, Tom Jobim, Cristovão Bastos , Edu Lobo, entre outros.

Como já é de costume, Fafá estava alegre e contagiante. A cantora levou o público ao êxtase, fazendo, inclusive os famosos da plateia, delirar com seu marcante e intenso registro vocal.


Theatro Net São Paulo
Shopping Vila Olimpia
Rua das Olimpiadas, 360 - Vila Olimpia

  Texto e fotos: Riziane Otoni 

33ª Expoflora antecipa a primavera em Holambra

Não... eu não vou dar um de Ananda Apple falando de flores, nem de Álvaro Garnero, contando minhas viagens. Flores, plantas, viagem, exposição... e tudo que couber nessa bela infinidade é cultura. A cidade mais holandesa do Brasil inaugurou no dia 29 de agosto mais uma edição da Expoflora, reunindo gastronomia, música e dança ao mundo das flores.

A Holanda é uma nação constituinte do Reino dos Países Baixos, localizada na Europa Ocidental. Famosa pelo cultivo de tulipas, por seus enormes moinhos de ventos e os tamancos de madeira, a Holanda trouxe para o Brasil, especificamente a 140Km da capital paulista e 40km de Campinas, seus descendentes e até os imigrantes. Foi decorrente da devastação causada pela Segunda Guerra Mundial que um grupo de Holandeses refugiou-se por aqui e deu origem ao Município da Estância Turística de Holambra. O nome da cidade é uma junção de Holanda, América e Brasil.
Holambra é o principal exportador de flores da América Latina e replicou na cidade um visual muito parecido ao do país de origem. Um grande moinho de vento destaca a entrada da pequena cidade, que tem o melhor índice de segurança do País. É neste cenário que a 33ª edição da Expoflora reúne o melhor da cultura holandesa.

Doces típicos, sorvete de pétalas de rosas, o típico salsichão e um caminhão cheio de barris de chopp divertem o paladar gastronômico de qualquer um. Entre as principais atrações do evento está a chuva de pétalas. Segundo os burburinhos, pegar uma pétala é sinal de sorte!

Uma bela exposição de jardins ornamentais e cenários para festas floridas também constam na programação da Expoflora, que ainda reúne diversas lojinhas com souvenirs. Danças e músicas típicas acontecem de acordo com a programação do evento, sem deixar de lado os sapatinhos de madeira.


É possível sair de lá com uma boa recordação, um shopping de flores abarrotado de plantas e bulbos está a disposição do público.

Ainda que você não conheça a Holanda estará num pedacinho dela!

A Expoflora acontece na cidade de Holambra, no caloroso e calorento interior de São Paulo até o dia 29 de setembro, de sexta a domingo, entre 9h e 19h. Os ingressos podem ser comprados na bilheteria do evento ao valor de R$ 34,00 (inteira).

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Celtic Woman em show triunfal

Foto: Divulgação
Há uma semana o quarteto feminino irlandês Celtic Woman chegou ao Brasil para uma maratona com a imprensa. Na última quarta-feira a mais esperada das aparições do grupo aconteceu no Espaço das Américas, em São Paulo. O primeiro dos cinco shows foi um concerto em grandioso estilo. Um desenho de vozes perfeito sob a regência de um grupo de músicos impecáveis!

Máiréad Nestbitt, Susan McFadden, Máiriéd Carlin e Lynn Hilary pisaram com o Celtic Woman pela primeira vez nas tropicais terras brasileiras. O país das intensas batucadas abriu os braços para a gaita de fole e a estonteante história celta contada pela afinação de simpáticas moças. 

O violino parecia rabiscar o silêncio, que ia perdendo-se quando os belos apitos vocais cristalizavam o espaço. As meninas despejavam notas como se acariciassem as cordas vocais, introduzindo aos nossos ouvidos mesclas divinas de composição e melodia. Algo quase inexplicável e irresvalável!

Era como se deuses descessem à Terra para mostrarem a beleza de sua mitologia...

Não eram apenas vozes a grandiosidade do espetáculo, e a lona da beleza estendia-se para além do piano, da guitarra, da percussão e da gaita... o sapateado irlandês e o coro Aontas deixavam o silêncio ainda mais emudecido. A impávida postura musical e cênica de todos era bela e tremenda.

Para uma estreia o espetáculo teria de ser triunfal e assim foi. O repertório parecia ter sido escolhido por um artista plástico em pleno movimento de seus pincéis. As roupas desfilavam a beleza de uma cultura cercada de graça. O bom humor era um script imprescindível para algo que não é ópera, nem pop, tampouco clássico! O bom humor era o contorno de um espetáculo incalculável e sem precedentes.

Os brasileiros arquearam os olhos e dobraram os ouvidos à beleza da famosa composição "Orinoco Flow", muito conhecida na versão de Enya. As meninas entrelaçavam o instrumental com um vocal endeusado e o bailar de corpos e vestidos que emitia ventos àqueles supostos deuses que vieram das mitologias.
Foto: Divulgação

A gaita de fole anunciava o som do meio do público... como um solitário andarilho por uma estrada de hortênsias. Como se o solitário berrasse ao eco sinfônico das rochas que beiram essa estrada, a gaita de Anthony Byrne suspirava ao estribilho da plateia.

"You Raise Me Up" interrompeu o incrédulo espetáculo. Incrédulo de que seria possível reunir em uma noite tamanha produção. Num palco de cenário modesto, enriquecido de instrumentos, vozes e movimentos! A bela canção foi o cume para deixar o público em pé e extasiados em aplausos.

Até domingo (7) é possível encontrar o grupo Celtic Woman no Espaço das Américas, em São Paulo. Ainda dá tempo de não perder tempo!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Estrela da música cubana, Omara Portuondo se apresenta no Brasil

Foto: Bianca Tatamiya - Teatro BradescoVestindo as cores do Brasil, uma mistura de cuba libre com caipirinha subia ao palco levada pela batucada típica de sua cultura, uma musicalidade afro-jazzística que até resvala na nossa cultura. Algo muito parecido com aquilo que fazemos por aqui, mas que fazem lá em Cuba com a intervenção de alguns belos sopros de trompete. Omara Portuondo esteve mais uma vez no Brasil para mostrar sua transfusão musical, e colocar o público em pé, como fazem os grandes cantores brasileiros. O show no Teatro Bradesco, em São Paulo, é uma carimbada nos bons passaportes musicais.

Omara, nascida em Havana no ano de 1930, acumula em suas parcerias um currículo invejável. Por aqui, já dividiu álbuns com Maria Bethânia. O inesquecível show das duas divas de suas nações veio à tona num pequeno trecho, quase recitado, "Marambaia" foi relembrada por Omara neste último show. O repertório de "Magia Negra" incluiu gloriosos sucessos mundiais, e uma sinfônica reunião de compositores conterrâneos.

Ao lado do maestro Swami Jr., que desta vez foi convidado para o show, Omara cantou e encantou a composição de Ibrahim Ferrer, "Dos Gardenias", sapecando em cada olho uma gota de lágrima.

A cubana esbanjou liberdade cênica no palco, e deixou de lado qualquer limitação amarrada pela idade. Dançou, como fazem em Cuba, e mostrou que não é só no Brasil que o rebolado é afinado. A cadeira, colocada para seu descanso, foi útil apenas nas canções serenas. Ainda sim, não por completas. Omara queria estar na altura de seus músicos, aplaudindo-os a cada canção.
Foto: Bianca Tatamiya - Teatro Bradesco

Com uma textura vocal imperdível, Omara leva há anos o mesmo balanço nas pregas vocais, que embeleza os vibratos encaixados verso a verso. Debruçada ao piano, a cantora derramou todos esses vibratos interpretando uma das mais lindas versões de "Besame Mucho".

Vendo e ouvindo Omara tão de perto leva-me a crer na imortalidade da música!