sábado, 13 de fevereiro de 2010

“...mas, oh, não se esqueçam da Rosa, da Rosa, da Rosa de Hiroshima / A Rosa hereditária...”


O Irã nunca foi tão amigo de Israel, parecem até os dois famosos irmãos bíblicos, Caim e Abel. O Presidente islâmico Mahmoud Ahmadinejad comemorou nesta semana, num discurso, os 31 anos da Revolução em seu Estado, e no falatório sobre o palanque criticou o presidente dos EUA, Barack Obama, que retrucou do outro lado do hemisfério. O mundo voltou a ouvir assuntos relacionados a guerra, mesmo após o fim da sangrenta guerra armada pelo ex-presidente norte-americano George W. Bush, contra o Iraque. Mas é bom nos preparar, pois os países guerrilheiros já estão montando seus exércitos aliados, os soldadinhos de chumbo já voltaram para as mãos dos estrategistas.

Criticado pelo diretor do Congresso Americano Judaico, Jack Halpern, o presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva tem se esquivado de explicações cabíveis para sua amizade com Ahmadinejad, aliás, é difícil entendermos, na maioria das vezes, as leituras de seus discursos tão confusos. O Estadão publicou ontem uma matéria em seu caderno internacional sobre as criticas de Halpern, que diz onde o Brasil pode sofrer com o apoio que o governo daqui tem dado ao presidente do Irã, que defende uma futura guerra contra a Síria, seu inimigo declarado, e certamente a qualquer outro que o ousar virar as costas. Um dos não favoráveis as medidas de Ahmadinejad são os Estado Unidos, que já prometem romper acordos financeiros, como de compra do etanol brasileiro, o que dificulta o crescimento econômico internacional do nosso País, além de ficarmos mal vistos por aí.

Desde sua visita ao Brasil, Ahmadinejad tem contado com Lula em apoio aos seus fúnebres discursos. O Irã se vangloria do planejamento de enriquecer o urânio no país para 80%, o que já arquiteta uma nova bomba atômica, potente quanto a que levou aos ares as cidades de Hiroshima e Nagasaki, ao fim da Segunda Guerra Mundial. Não sei se Lula sabe mesmo onde está pisando, mas talvez não seja ele que acabe com os pés sobre uma mina explosiva, quem sabe numa provável guerra entre estados orientais Ahmadinejad não cobre a presença do apoio também do exército brasileiro. O presidente do Irã, que também nega o Holocausto, já chama seu país de “Estado Nuclear”, e ao passo que vai realmente aproxima-se disso, visto que com 90% de urânio já é suficiente pra uma grande explosão atômica.

A moral da história é: Lula é amigo de Ahmadinejad, que é inimigo de Obama, que já recebeu apoio de países como França e o Reino Unido, que solicitará em breve uma atitude do Conselho de Segurança da ONU contra as medidas mirabolantes e imorais do presidente islâmico. Estamos numa canoa velha mirada por diversos alvos, ou seja, a política é a arte de um interesse sem limites.

Muitos iranianos repudiam o governo de Ahmadinejad, como a vencedora do Nobel da Paz de 2003, a advogada e militante pelos direitos humanos Shirin Ebadi, que propõe a Lula, em sua premeditada visita ao Irã, em maio, que ele discurse aos opositores e familiares de detidos em confrontos do país. Vamos esperar uma atitude humana do nosso presidente, que tem me assustado desde seus primeiros passos ao lado do exterminador do futuro, o valentão Ahmadinejad.

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