quinta-feira, 4 de julho de 2013

Música e arquitetura tem tudo a ver no Royal in Concert


Ouvir música em casa é a condição mais desfrutável que um fã pode ter de seu artista. Colocar o disco no leitor e observar com os ouvidos uma voz maior que os sons todos espalhando-se pelos cômodos. Música sempre teve tudo a ver com a casa! Prova disso é um evento que já dura dez anos e acontece toda vez que a Teixeira e Holzmann Empreendimentos Imobiliários resolve lançar seus suntuosos complexos, resorts e condomínios. O Royal in Concert coloca a música no pé direito de suas construções.

Quem nunca ouviu um parente dizer: “entre com o pé direito!”, assim que compramos uma casa? Pois, então, tem sorte maior do que deixar a música entrar na frente?!

Despenquei da capital paulista para o calor de Araçatuba, pouco mais de 500km do zum zum zum de São Paulo. Chegar e ser agraciado pela voz de Gal Costa e as dedilhadas no precioso violão de Luiz Meira é uma recepção para classe A. “Eu Vim da Bahia”, lógico, foi assim que Gal pousou no palco.

A baiana destilou sua arte e penetrou uma voz de deusa nas cordas de Luiz Meira, que ia alisando-as com malícia. Eles fazem esse show juntos pouco mais que o tempo de existência do Royal in Concert. Acabou parecendo uma comemoração conjunta. Gal é a cantora mais íntima da música e trata-a como prata da casa!

Muitos dos sucessos de Gal salpicaram na voz do público, eu, por exemplo, não pude ficar calado em “Vatapá”, cai num dueto com ela. “Azul”, “Festa do Interior” e deslumbres compostos por Tom Jobim e Caetano Veloso deram as boas vindas aos moradores daquele venerável empreendimento. Ary Barroso também foi convidado e ressurgiu pelo timbre insaciável da “Gracinha”. Sentindo-se em casa, ouso chamar Gal de “Gracinha”!

A arquitetura é a arte de dar vida ao desenho, de deixar em pé uma prospecção, um monumento. A música é a arte de sonorizar uma pauta, uma composição, de dar voz a alma. Parecem uma coisa só, um sentido só! Música e arquitetura encontram-se com beleza no Royal in Concert, dando a lição de que música é coisa de casa, da intimidade, do cotidiano. 

Cada empreendimento lançado, um show é construído! Cada Gal que canta, somos nós reconstruindo-nos!

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